Stupa de Swayambhunath



  
    Swayambhu significa auto surgido e esta Stupa foi construída, segundo tradições diferentes, em torno de uma pequena Stupa de cristal que surgiu espontaneamente no alto desta colina ou de uma flor de lótus, que naturalmente irradiava luz, no tempo do Buda Shikhin. A colina de Swayambhunath,  segundo Trulshik Rinpoche, foi abençoada por milhares de Budas e será abençoada por todos os Budas do presente kalpa, é muitas vezes considerada o lugar mais sagrado do Vale de Kathmandu, no Nepal. De acordo com o sétimo Dalai Lama, esta Stupa é a fonte de toda felicidade no mundo. 

    Segundo relatos tradicionais, a Stupa estava no meio de um grande lago, quando Manjushri e dois amigos viram-na em seu caminho chegando de Wu Tai Shan na China. Manjushri achou a Stupa tão incrível, que ele se perguntou o que poderia fazer, para que peregrinos pudessem caminhar até ela em suas praticas devocionais. Então ele cortou a montanha com sua espada e a água derramou-se por quatro dias e quatro noites, criando o lago Madara em Chobar, no sudeste de Kathmandu, no caminha para Pharping.

    Há uma profecia, de quando duas presas vierem comer a Stupa em Swayambhunath, esse será o inicio do declínio do budismo no Nepal. O quarto Khamtrul Rinpoche, Tenzin Chokyi Nyima (1730-1780) disse em seu Guia do Peregrino para o Vale de Kathmandu, que isso se refere aos dois templos hindus, que lembram presas, e que foram construídos algumas centenas de anos, em ambos os lados da escadaria principal. Cerca de duzentos anos, após um tremor de terra, o governo reconstruiu a Stupa, que hoje é cercada por uma série de templos.

    Segundo Pema Kathang, Guru Rinpoche escondeu muitos termas em Swayambhunath. Este também é o lugar onde Marpa Lotsawa ouviu pela primeira vez o nome de Naropa e ali permaneceu por três anos "para se acostumar com o calor", de acordo com as instruções de seu mestre newari. Diz-se também que Thangtong Gyalpo viajou para a Stupa em um único instante através de seu poder magico. Cinco dias depois, uma pessoa rica lhe fez oferendas e ele as usou para pintar a Stupa de branco.

    Tibetanos fazem a circumambulação da Stupa propriamente dita (nangkhor) ou de toda a colina (pharkhor), e chamam isso de pakpa shing kun, "árvores sublimes de todos os tipos". As autoridades não concordam com a origem do termo, mas prevalece a historia de que o grande mestre Nagarjuna, numa ocasião, cortou seus cabelos e os espalhou rezando: "Que todos os tipos de árvores cresçam nesta sublime Stupa!" Depois disso muitas espécies de árvores cresceram ao redor da Stupa.

    Ao redor da Stupa principal encontram-se muitas estátuas de deidades e Stupas de tamanhos variados, que foram oferendas feitas por devotos de tradições hindus e budistas, desde tempos antigos até os dias de hoje.

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