Dzongsar Khyentse Rinpoche
"A melhor metáfora para as nossas experiências neste mundo é a de um sonho épico com uma série de histórias complexas que se entrelaçam, com altos e baixos, dramas e emoções fortes. Se um episódio do sonho vem carregado de feras e demônios, queremos fugir. Quando abrimos os olhos e vemos o ventilador girando no teto, suspiramos aliviados. Para efeito de comunicação, dizemos: "Sonhei que o diabo estava me perseguindo", e sentimos alívio por termos escapado das garras do diabo. Mas não é o diabo que foi embora. O diabo nunca entrou no quarto durante a noite e, enquanto você estava tendo aquela experiência medonha com ele, ele também não estava lá. Quando uma pessoa desperta para a iluminação, ela nunca foi um ser senciente, nunca batalhou. A partir de então, ela não precisa se pôr em guarda para impedir que o diabo volte. Quando ela se ilumina, não pode recordar o tempo em que era um ser ignorante. Não é mais preciso meditar. Não há nada a lembrar, porque nada jamais foi esquecido."
Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche
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